sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Lição

Se um cachorro fosse professor, você aprenderia coisas assim:


Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
Se alimente com gosto e entusiasmo.
Coma só o suficiente.
Seja leal.
Nunca pretenda ser o que você não é.
E o MAIS importante de tudo....
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.
A amizade verdadeira não aceita imitações!!!

E NÓS, PRECISAMOS APRENDER ISTO COM UM ANIMAL QUE DIZEM SER IRRACIONAL!

terça-feira, 16 de novembro de 2010



Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... AUTO-ESTIMA.
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sentimento, meu sofrimento emocional não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdade. Hoje sei que isso é... AUTENTICIDADE.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que eu desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesma. Hoje sei que o nome disso é... RESPEITO.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo que aconteceu contribuiu para meu crescimento. Hoje chamo isso de... AMADURECIMENTO.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou isso de egoísmo. Hoje sei que se chama... AMOR PRÓPRIO.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu ritmo. Hoje sei que isso é... SIMPLICIDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Descobri a... HUMILDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... PLENITUDE.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mais quando eu a coloco a serviço da minha racionalidade, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Isso se chama... SABER VIVER.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Devaneio


Hoje passei por uma praça, aquela praça do primeiro beijo. Aquela do primeiro encontro. Engraçado como antes ela parecia tão encanta, tão mágica... E hoje, ao olhar por ela, vi apenas uma praça antiga, com seus bancos velhos, descascados pelo tempo. É engraçado como as coisas mudam com o tempo. Não vejo mais encanto, nem graça na praça do primeiro beijo.

Passei por ela e vi o tempo congelar, não vou mentir. Por um instante tive um pequeno devaneio. Minha mente pregou uma peça na minha imaginação e revi nós dois sentados ali, mais em frações de segundos, o devaneio se foi e a realidade do trânsito frenético apareceu na minha frente.

Sem magia, sem encanto. Só a pura realidade. E a praça ficou pra trás, sem a menor graça.

sábado, 6 de novembro de 2010

Dar não é fazer amor.

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
Experimente ser amado...
Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.

Clarice Lispector